sábado

Seis

O dia azul de inverno secava os olhos e as mãos. Ela caminhava como quem enfrenta uma tempestade, arrastando-se pesada. Doía. Faltava ar.
A possível morte ressuscitara a memória de toda a história que viveram: o encontro; os desencontros. O instante em que espiou pela janela da eternidade e o instante em que o que era vidro se quebrou. Era frágil o amor, no fim das contas. Frágil como coisa viva.

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