domingo

Sete

Acordou às lágrimas. No seu sonho, a sensação dos últimos dias se tornara real: ela estava no velório, vestida de preto, o rosto transtornado. O corpo dele naquele berço às avessas, em desamparo gelado.
Ela não tinha o direito de estar ali, viúva postiça, de um marido que não era o seu. Chorava, porém, o rombo no peito.
Pelo menos no sonho a dor não tinha medida ou lei.

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