domingo

Vinte e um

Porque vivo ou morto, ele era sempre miragem. Vivo ou morto, a distância parecia a mesma.
Mas isso era bobagem, ela sabia. Se ele estivesse morto, a distância era de responsabilidade da morte, do destino, do curso inelutável das coisas. Ou até de deus. Se ele estivesse morto, ela havia sido abandonada. Ela podia mesmo se revoltar.
Mas se estivesse vivo, a responsabilidade da distância era somente deles; era dela.

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