sábado

Vinte

Imaginá-lo morto inaugurara aquela tempestade de areia por dentro dela. Descobri-lo vivo não deveria dar início à calmaria? Não devia aliviar as ranhuras que ardiam e sangravam por todos os seus cantos?
Mas se descobri-lo vivo era encontrar o espelho d'água em meio ao deserto por onde caminhava, era também deparar-se com sua covardia. Era trocar a consciência da secura pela miragem da fonte.

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